Comunidade Materna
Comunidade Materna
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Depressão Pós-Parto

Depressão Pós-Parto
Comunidade Materna
mai. 20 - 4 min de leitura
000

 

Há algum tempo atrás pouco se falava em depressão pós-parto, a verdade é que os sintomas da depressão não eram valorizados e eram tratados como traços da personalidade feminina.

O bebê nasceu perfeito e com saúde, todos estão explodindo de felicidades, pai, avós, tios. Tudo aconteceu na mais perfeita ordem e chegou a hora de ir para casa onde foi tudo preparado com muito amor para a chegada do pequeno e de repente uma tristeza invade o coração da mais nova mamãe. Bom, se esta tristeza acabar em alguns dias não tem com o que se preocupar, afinal seu corpo tem passado por várias mudanças hormonais e é compreensível você se sentir mais sensível, cansada, irritada, com choro fácil e um sentimento de incapacidade por ter que cuidar do filho, marido, casa e você.

Hoje é grande o numero de mulheres que reclamam de irritabilidade e tristeza após o parto. Em alguns casos essa queixa aparece após algumas semanas do nascimento da criança se tornando cada vez mais intensa e fazendo com que a mulher tenha desinteresse por tudo que a cerca e se sinta incapaz de fazer as mais simples tarefas do dia a dia.

Tristeza pós-parto X Depressão pós-parto

É importante estabelecer a diferença entre tristeza pós-parto e depressão pós-parto, a tristeza aparece dois ou três dias após o nascimento do bebê e de cinco a dez dias ela some a depressão começa lentamente de quatro a seis semanas após o parto, a mamãe sente uma tristeza muito grande de caráter prolongado, sentimento de culpa, com baixa autoestima e perda de sentido para a vida. Muitas vezes se acha incapaz de cuidar do seu bebê e passa a ter dificuldades de amamentá-lo e suprir suas necessidades básicas, não sendo capaz de cuidar dela própria também.  Em casos mais graves pode até tentar o suicídio e abandono do bebê.

A depressão pós-parto requer atenção especial, pois se trata de uma doença que exige um tratamento especifico mais agressivo e com medicamentos. Segundo estatísticas americanas a depressão ataca em torno de 10% a 15% das mulheres, o que é um numero muito alto.

O primeiro sintoma da depressão é a tristeza, mas podemos também observar alguns sintomas físicos como boca ressecada, dores de cabeça, sonolência, desinteresse pelo marido, o desejo sexual que não retorna alterações de apetite.

Se a mulher teve depressão no pós-parto de um filho, a possibilidade de repetir o quadro em outra gestação é de 50%, dependendo dos antecedentes da mulher a recorrência da depressão é muito alta, por ser uma doença episódica recorrente a tendência é manifestar-se novamente quando repetida a situação em que surgiu pela primeira vez.

A atenção e apoio familiar são muito importantes neste período, o companheiro deve valorizar as queixas e não atribui-las a sintomas de estresse como acontece em muitos casos. A mulher precisa se sentir amada e compreendida, muitas vezes o marido não sabe como ajudar e, para evitar ver o sofrimento da mulher, sai de perto achando que ficando sozinha a mulher irá melhorar.

A psicoterapia pode ajudar no tratamento da depressão, ela ajuda a mulher a lidar melhor com o problema e a descobrir que tem um potencial que precisa ser estimulado.  

Embora algumas depressões desapareçam espontaneamente, uma porcentagem significativa se cronifica, por isso é fundamental o uso de medicamentos no tratamento da depressão pós-parto. Por acontecer no mesmo período em que a mãe esta amamentando, o pediatra pode suspender a amamentação, pois o uso de antidepressivos pode passar para o leite materno causando danos ao bebê.

A depressão é uma doença séria que precisa de cuidados médicos, psicológicos e familiar.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você